Você fica tão linda quando não veste nada…


Talvez você não saiba, meu grande amor, mesmo que o prazer esteja sempre conosco, o quanto eu viajo te vendo assim, sem nada, do jeito que veio ao mundo. É, digamos, uma utopia real, repleta de veracidade. Pois, sempre que te toco, te olhando, alisando seu corpo, você na minha frente, eu sentado na beira da cama, minha boca saliva de uma maneira surreal. Me perdoe se isso soar monocórdico, mas de qualquer forma é um grande deleite para mim. Você não faz ideia do quanto é orgásmico fechar os olhos e sentir seu cheiro, seu gosto. Aproveitando nosso corpo nu, minhas mãos vão passeando pelo seu até onde dá. Sobe pelas costas, braços se entrelaçando, um atropelando o outro, uma mão descendo naquela arranhada lenta, indo até seu cuzinho, alisando, te tocando exacerbadamente, sem perder tempo, passeando com ardor, corroborando o quanto sou fissurado por essas curvas sinuosas; uma pista tão fabulosa que é capaz de melar a cabeça do meu pau facilmente; suas mãos alisam meu cabelo, entrelaça os dedos com força, aperta, sentindo que estou adentrando de um jeito bem rítmico, levando as duas mãos para trás... De repente ela pára tudo, sai de perto, abro os olhos, não entendo nada, a vejo pegar o controle da televisão, ligá-la, espera um pouco, eu observando a beleza que é a danada toda nua, até que ela abre o YouTube e coloca o som “Quero te Ver”, do Torres (MOB79), fodendo (positivamente) de vez o momento. Mesmo que a duração da música seja só 3:37, ela volta para perto de mim, com o controle na mão, me empurra para trás, meus olhos nem piscam, minha mente a adelar nosso apogeu, encosta seu corpo no meu, me olhando, ajeitando meu cabelo, sorrindo, beija minha testa, desce respirando ofegante, sinto, deliro, o pau não resistindo, a boca também não, vou fechando os olhos lentamente, te sentindo, navegando no seu mar, relaxando em demasia, sentindo a música penetrar na alma, você roçando a boceta bem na cabeça dele, me delirando, eu mordo o lábio inferior, o corpo ficando cada vez mais quente, sensação de estar dentro de um vulcão, mas isso tudo é só o nosso jeito ímpar de se encostar com furor, para que nunca nos falte euforia.

A música acaba, você sabe que ela é uma das minhas favoritas (principalmente para o momento) e volta, repete, larga o controle, a música seguinte é “Seguir Só”, mas seguimos juntos, só nós dois; eu amo o jeito que você me toca, roça seu corpo no meu, me faz flutuar, encosta sua boca na minha, morde os dois lábios ao mesmo tempo, iniciamos um beijo lento, intenso, forte, gostoso, profundo, gigante como nossa ambição, molhado, viajando entre línguas, o gosto da sua saliva intensifica cada vez mais a minha fúria, minhas mãos voltam a relaxar no seu corpo, apertando a bunda, as duas e com firmeza, o som rolando de fundo elevando nosso nível, você começa a rebolar lentamente no pau conforme ela toca, mas como tem o dom de provocar, vai parando o beijo, saindo de cima e deitando do meu lado, colocando a cabeça no meu peitoral. E eu, completamente fissurado, volto a música citada no parágrafo acima.

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