Fernanda

Ô saudade! Como é bom ser humilde de assumir que sinto sua falta, mesmo eu sendo cônscio de que a probabilidade de nos tocarmos novamente é diminuta! Ainda não te esqueci.

Desde o dia que te vi pela primeira vez, fiquei pasmo. Branquinha, com uma roupa leve, cabelo preso; desceu a rua, me buscou no ponto de ônibus, voltamos para sua casa, conversamos um pouco no sofá, alisei um pouco as pernas lisinhas, apertava um pouco, te fazia rir... já com o interior borbulhando da química que senti em você. Você calada, tímida, quase não falava. Já eu, demasiado falante.

No ar da sala eu sentia o quarto nos chamando... logo fomos. Ligou a televisão (não vi necessidade), reclamei, mas só depois de umas horinhas, desligou. Tudo +/- escuro, apenas com a luz da cozinha ligada, mas que clareava um pouco o quarto. Porém, seu brilho cintilante me fascinava. Deitamos na sua cama, eu por baixo, você posicionada no meu pau, e o eflúvio do tesão rondava o quarto. Nos beijávamos com tanta exacerbação... O gosto do seu beijo era uma máquina de me ganhar. A magnitude das bactérias que trocamos era fascinante (só de digitar, lembro e salivo). O pau latejava demasiadamente, louco para ver e sentir sua bocetinha. Meus pensamentos extremamente altivos só corroborava o tesão. Eu estava a te abicorar em demasia, ansioso para me acabar em cada curva sinuosa.

Lembro que você não queria transar, nem praticar sexo. Recusou, tentou parar minhas mãos que entravam por baixo do seu shortinho leve, passava uns dedos na bocetinha por cima da calcinha, você ficava louca e já tirava a mão dela (arrepiado enquanto digito), me obstruía de agir... Se bem que fui apressadinho mesmo, mas é que eu estava tão ansioso, putz!

Viajava me deleitando ao te beijar, e com as mãos por baixo do short, enfiando a calcinha entre a bunda, puxava, arrumava de novo... Uma loucura!
Peguei sua mão, levei ao pau, você se permitiu, apertou por fora, mas não resistiu: arriou a bermuda e a cueca; parou o beijo, foi descendo, me masturbava lentamente, massageava o escroto, apertava, eu te olhava fixamente, pirando, trepidando.

Após brincar um pouco, te puxei; voltando a me beijar calmamente, tirei seu sutiã sem a ínfima dificuldade, você se permitiu, e eu mergulhei de boca nos seus seios rosadinhos, atribuídos de auréolas surreais! Chupei tanto, mas tanto, que eu me senti um bebê. Sinceramente, eu nunca me embriaguei tanto em seios como nos seus! A formalidade deles era completamente díspar! Ô bênção!

Ademais, eu queria mesmo era chupar adoidado sua flor. Mesmo com seus óbices, consegui. Fui tirando seu short calmamente, e você dizia: "não!", mas com ar de que queria, porque não impediu minhas mãos, então adentrei exponencialmente. Te deitei no meu lugar, beijava suas pernas, mordiscava as canelas, subia repetindo os atos, sempre em prol de atiçar e ser o homem mais díspar que já ficou. Minha mente pensava: "caralho, ela é a mulher da minha vida, eu não quero outra coisa", sobretudo nem tudo é como quero. O fado é infalível, e a decepção é, às vezes, inexorável, juntamente da mente humana que, no fundo, é inescrutável. Mas eu me acabava entre aquelas pernas. Senti um certo medo quando fui me aproximando do portal cor-de-rosa, com medo de ser mais um daqueles lugares tenebrosos com seus eflúvios insípidos, só que eu estava chegando na grande fonte de energia que nunca presenciei antes, e foi você a dona da melhor flor do mundo! Quando beijei sua virilha direita, lambi com força o grelo de baixo para cima, indo parar no clitóris, pressenti uma decepção, não sei por quê. A vida foi continuando, eu fui fazendo o que estava escrito, e me saciava em você como nunca tinha me saciado antes com nenhuma outra (você estava disparadamente suprindo a necessidade que as outras nem sequer chegaram perto).

Quando tive a honra de ponderar, usufruir melhor a flor e apreciar minuciosamente os detalhes, notei que naquele dia eu sairia realizado da sua casa.
A vulva abrangia grandes lábios deslumbrantes, completamente lisos, nada muito vultoso, extremamente LINDOS! Dizem que todas as flores são monocórdicas, mas eu morrerei radicalista negando esta afirmação. Cada flor tem sua especialidade, oras! A sua era tudo aquilo que faltava para o meu jardim permanecer colorido e eufórico.

Pequenos lábios. Ímpares, díspares de tudo que eu já tinha presenciado antes. Ah! Caí de boca neles com tanta sede, fome, voracidade que suas gemidas moderadas iam me encantando, pois odeio mulher escandalosa! O som dela ia se repetindo, meu espírito transcendia, a alma sorria, a saliva entranhava e se mesclava com o melado demasiado que ela soltava, que eu parecia me babar, de tanto que chupava, cuspia e lambia ao mesmo tempo. Olha, foi extraordinário! Eu nunca presenciei algo tão fabuloso!

Clitóris. Nossa, parecia um chiclete que nunca perdia sua elegância e gosto. Eu chupava, mastigava, não me saciava nunca... parecia que ia me eternizar ali. Eu só queria você, saber de você, explorar você, me eternizar em você.

Orifício vaginal. Quando tive o poder de penetrar o pau nele, vibrei. Eu tremi como o Maracanã lotado recebendo a final do campeonato carioca em 1993, quando meu Fluminense venceu o Flamengo. Você de quatro... Ô glória! Parecia mentira seu cuzinho rosadinho piscando para mim, se contraindo conforme eu ia penetrando na flor. Uma sensação demasiadamente ímpar, branquinha, que lateja na minha mente até os dias atuais. Parecia que você era o meu alento. Me deleitava no seu corpo já visando a nossa beatitude.

Logo após eu gozar gostoso, comecei a agir mais exacerbadamente com a boca, fui passando a língua nele... você já estava tão babada que tudo facilitava. O espécime de toda essa flor magnífica me extasiava. Eu brincava de rodar só a ponta da língua, alternava, penetrava, você não cabia em si. Parecia que queria fugir de tanto sentir tesão. E eu, naquela posição, não queria mais saber de voltar para casa. Por mim eu moraria entre suas pernas.

Depois de me deleitar por um bom tempo no oral, você fez uma coisa que eu odeio e acho completamente broxante: perto de gozar, me empurrou para trás e disse: "chega!", e eu sem entender nada, respondi: "ué! Por quê? Quero chupar mais, quero mesmo que goze na minha boca!", entretanto você já estava decidida, e ali me decepcionou de uma forma completamente trágica, porque poderia ter me avisado que não estava na intenção de gozar, que eu não me importaria, mas deixar rolar e em cima da hora dar para trás é de cortar o tesão.

Após isso, fomos tomar banho e ela me levou no ponto, mas eu não sabia que seria nosso último encontro (talvez).

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